7 de novembro de 2010

Carta Pastoral da Juventude - Diocese de Paracatu

Pastoral da Juventude Diocese de Paracatu

Enquanto houver sol, ainda haverá!

A messe é grande, mas poucos são os trabalhadores. Foi o que por um momento fez com que a Pastoral da Juventude da Diocese de Paracatu passasse por um momento de quase inexistência. Muitos sobrecarregados, cansados, e desanimados. Encontros desmarcados, grupos de base em decadência e a juventude, “cadê”. Por mais que tenhamos conseguido levar a PJ a outros cantos da diocese, faltava alguma coisa que unisse todos esses sentimentos, todos esses rostos, toda essa juventude!

Realizamos no dia 7 de setembro o Grito dos excluídos não foi que esperávamos, mais não contamos com a presença de muitos jovens. Fiquei desapontado, o que ainda falta, acho que o que estamos fazendo é pouco. Pensei em desisti, estava cansado de não obter nenhum resultado, coisa que agora estava se tornando rotineiro. Aquele sede de PJ que eu via nos olhos de muitos jovens no começo eu já não via mais. Talvez eu estivesse precisando usarum óculos! (risos)

É chegada a hora, estava chegando o dia da comemoração, o dia da juventude, o Dia Nacional da Juventude. E por um milagre, e um pouco mais de articulação é claro, conseguimos mais parcerias, novas paróquias se empenharam em nos ajudar, religiosos, em fim, dessa vez acho que a bagunça estava organizada (risos).

Dessa vez aconteceu na cidade de Dom Bosco-MG. Cidade pacata do noroeste mineiro, poucos habitantes, mas, um povo unido. Penso que essa foi à essência da nossa comemoração, a união. A juventude tomou conta da cidade, da praça, da igreja, da quadra. Tinha jovem pra todo lado. Todos com camisetas pretas com o símbolo da campanha contra o extermínio, e com o tema e lema do DNJ 25 anos, é o que se via.

Começamos a comemoração com a final do campeonato de futsal diocesano que teve como vencedores o grupo EJC da Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Unaí. Terminamos o dia de sábado com uma noite cultural, com apresentações de música, dança, e poesia. Fomos muito bem recepcionados, pelos moradores, pelo poder público, pelos jovens.

Domingo. Estávamos muito ansiosos, neste chegava quem estava faltando e nossa festa iria estar completa. Chegaram os ônibus! Recepcionamos, encontramos pessoas que não víamos há muito tempo, conhecemos novas pessoas, foi uma alegria só. Ainda mais em ver e ouvir a juventude chegando e cantando: _A juventude quer viver, na luta contra o extermínio e a favor da vida! Se emocionando ouvindo que “Se a juventude viesse a faltar, o rosto de Deus iria mudar”! Superamos nossas expectavas.

Então, depois de recepcionados, convidamos os jovens uma marcha, uma marcha contra o contra a violência e o extermínio de jovens. Foi lindo ver os jovens caminhando e cantando, marchando a favor da vida e gritando bem alto: _A juventude quer viver!

Foi durante a caminhada que num momento, pausei os gritos e percebi que verdade fala à música que “Enquanto houver sol, ainda haverá”. A esperança ressurgiu em mim e acredito que em muitos também, de forma explosiva. Ver aqueles muitos jovens, gritando em marcha contra a violência, foi lindo de mais.

O dia continuou, as comemorações continuaram com apresentações culturais, muita música, oficinas temáticas sobre juventude e violência. Os jovens se entrosaram, Celebração da Santa Missa, em honra aos 25 anos de comemoração e também em honra as missões.

Acredito que no coração de cada um dos jovens, das pessoas da cidade e de todos que estavam presentes, surgiu um grito, uma esperança, de que juventude está viva, e está viva pra lutar pela vida.

Abraços!

Murilo Ferreira

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